segunda-feira, 22 de junho de 2015

Poemas de verão...

poesia ter

penas aladas na insubmissão crítica
apenas veladas (não à política da sobranceria)
pela filosofia do ar onde mora o som:
cantar fora de tom

M. Lisboa: 2015

Ribeira das Naus - cidade de Lisboa (fotografia: dulcecor)

terça-feira, 16 de junho de 2015

Poemas de verão...

poesia ver

em traços humanos nos espaços urbanos
em qualquer lugar (sem sequer esperar)
visões recuperadas invisíveis ou emoções aladas
impossíveis supostos e a postos

na partida vida - imagem escolhida, viagem esquecida
memórias de tempos: glórias, momentos
construção de humanidade (invenção de verdade)

no imaginário tormenta que insiste (ter abecedário)
e aumenta e resiste o necessário

olhar de dentro para fora: ficar no momento (demora)

M. Lisboa: 2015

Movimento no céu - cidade de Lisboa (fotografia: dulcecor)

domingo, 7 de junho de 2015

Poemas de verão...

poesia ser

extraordinário momento atenção
imaginário alento comoção (expressões intuídas
decifrar) emoções percebidas para encontrar
carne viva impressão parte vida imperfeição
água embalada humano mágoa emprestada dano
fontes ancestrais padrão pontes irreais ou não
imagens alheias estórias viagens esteiras memórias
alegria ressonância surda e um dia a distância muda
som mágico silêncio escutas
tom trágico lamento (culpas alheias
transformações) ameias e construções

M. Lisboa: 2015
Ponte 25 de Abril - cidade de Lisboa (fotografia: dulcecor)