Lisboa
cidade multiplicada Pessoa identidade elevada
génio
segredo? elemento sério medo e desalento teria
o
poeta emigrante embriagado cuja meta – migrante retornado –
foi
esconder-se africanizado foi querer-se europeizado agregação
social
indispensável ilusão igual e responsável hipocrisia
comportamental
elegia fundamental tábua de salvação
mágoa
na ilusão universo individual independente mas
perverso
colonial e indiferente: escreveu-se medo multiplicado
escondeu-se
cedo amancebado em procuras eternas loucuras
tabernas:
canteiros de heterónimos flores herdeiros anónimos
escritores
submersos cantores de versos pintores de gestos
criadores
diversos inventores dispersos perpetuam na cidade
vasta
continuam a verdade tasca pelo entardecer madrugada
por
tudo ser quase nada
M. Lisboa: 2015
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