sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Hagiografia contemporânea - 7

Fadas

“Fadas são ficções aladas” quem tal
pode ver afinal (sobe ser) indizível será invisível
terá descobertas intransmissíveis fará promessas impossíveis
se o passado dó cala quando o passado só fala em
Morgana: amoral intenção profana dual ilusão
sem correspondência realidade consequência maior
idade erudição sobre o oral ilusão cobre o real
“Fadas são ficções aladas” tornadas fogueira
culpadas cimeira Inquisição feiticeiras ilusão
as primeiras memórias carvão Maria Feiticeira:
nome cristianizado fome do passado cidade parda
sincrética verdade farta profética luz azul Lisboa
ser sul movimentação intemporal repetição subliminar
“Fadas são ficções aladas” tornadas mensagens criadas
viagens literárias modelos imaginários atropelos vários
Oriana: tropeçar sem asas para o chão recuperá-las ou não
(dúvida evidência: as vogais... são coincidência?)
“Fadas são ficções aladas” surgidas personagens animadas
fingidas mensagens avisadas imperial burburinho afinal 
(é global) a Sininho.

M. Lisboa: 2014

Gaivota - cidade de Lisboa (fotografia: dulcecor)

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