quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Solavanco


urbano trabalho humano baralho a relação de facto secular
imaginário antepassado actual em dia questão fugidia senão pacto sindical
abecedário alienado som determinado tom cativo sem motivo
exterior ou pior cerrado em nacionalidades ou capacidades económicas
astronómicas patrocinadas poder anunciadas viver
se abençoa Lisboa intensa cidade imensa
segredo adivinha medo mezinha argila industrial vale cobertura abrigo
procura perigo reconstrução constante reposição instante passado
em todos os lados janelas iluminadas solares alimentadas lunares
momentos invisíveis memórias monumentos sensíveis
estórias ferro forjado cerro alteado turismo cultural
epicurismo legal gentileza e tal certeza histórica
evidências os muros cimentados cheios puros acabados alheios
sobrevivências os tempos canibais uéticos letais frenéticos
urbano trabalho humano secular imaginário construído permitido
pelas representações repetidas motivações divididas identidades
alienadas prontuário verdades ilustradas abecedário atlântico sul
profundo azul Lisboa portagem loa viagem em actualidades
ou personalidades económicas astronómicas patrocinadas poder
anunciadas saber vomitam preconceitos hipocrisia debitam preceitos ironia
estabelecem políticas de imigração investem na segurança
dos muros erguidos duros construídos dos seus lares (sem mares)
estabelecem políticas de educação investem na segurança
das paredes erguidas verdades das esquecidas (cem lares)
o poder atraiçoa a outra Lisboa existente cidade corrente
mistura adivinha pura mezinha humana resiliente trama
impermanente universo presente disperso ausente representação 
constante transformação

M. Lisboa: 2014

Instante na paisagem urbana - cidade de Lisboa (fotografia: dulcecor)

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